sexta-feira, 29 de junho de 2012

PARABÉNS PARA OS PESCADORES




Uma justa homenagem aos profissionais que trabalham na pesca artesanal e na pesca industrial, ou ainda aqueles que encontram emoções e alegrias na pesca amadora.
Quase um milhão de brasileiros se dedicam à pesca artesanal. Assim, esta profissão tem extraordinária importância social e econômica em todas as regiões do País. E o pescado é um alimento indispensável à população, recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Criado há três anos, o Ministério da Pesca e Aquicultura quer simplificar a vida dos pescadores e proporcionar a eles melhores condições de trabalho e saúde.
Em breve, muitas boas novidades serão anunciadas.
O Ministério é a Casa do Pescador!

Um abraço a todos,
Marcelo Crivella
Ministro da Pesca e Aquicultura

segunda-feira, 25 de junho de 2012

DIA DE CAMPO ABORDA RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS PELO SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA FLORESTA


A Embrapa Amazônia Ocidental, em parceria com a Prefeitura de Autazes, no Amazonas, realiza Dia de Campo , na sexta-feira, 22 de junho, sobre Recuperação de Pastagens pelo Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). O evento é voltado para produtores pecuaristas, técnicos, agências de fomento e demais interessados em tecnologias sustentáveis para o setor primário.



O ILPF é recomendado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como uma das mais importantes estratégias para uma produção agropecuária mais sustentável, pois possibilita que as atividades agrícolas, pecuárias e florestais sejam integradas na mesma área. Os benefícios dessa tecnologia são a redução da pressão por desmatamento, a diversificação na renda do produtor rural e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. O sistema de ILPF gera também melhorias no solo, equilibra a utilização dos recursos naturais e mantém a qualidade da água.

O Dia de Campo acontecerá em propriedade de agricultor familiar, localizada no km 5 da estrada do Sampaio, no município de Autazes, onde foi implantada uma unidade demonstrativa do sistema ILPF para facilitar que outros produtores vejam na prática e participem de ações de capacitação em boas práticas e tecnologias recomendadas pela Embrapa.  A proposta é apresentar o sistema ILPF como estratégia para recuperar pastagens degradadas e contribuir para revitalizar a pecuária leiteira no município de Autazes, que é um dos principais municípios produtores de leite no Amazonas.

Autazes conta um rebanho estimado em 70 mil reses (sendo 20 mil bubalinos e 50 mil bovinos) com um média de 0,5 animal por hectare, segundo o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam).  De acordo com dados do Idam , nesse município existem aproximadamente 1.200 produtores com atividade pecuária e 97% das propriedades são consideradas de produção familiar.

No Amazonas, grande parte das áreas de pastagem em terra firme encontra-se em estado de degradação com escassa alimentação para o gado. Na falta de alimentação para os animais, geralmente pecuaristas da região adotam a alternativa de mudar o gado para as pastagens naturais na várzea, que ficam disponíveis por 4 a 5 meses, quando baixa o nível dos rios. Porém, com a enchente as várzeas ficam submersas, os animais precisam voltar para a terra firme, onde em o pasto encontra-se degradado e o problema se repete. Nesse município existem cerca de 25 mil hectares de pastagem em terra firme e a maior parte está degradada. Outros 36 mil hectares de pastagens estão em várzea, que são usadas apenas no período da descida das águas. “Por isso a importância de recuperar as pastagens de terra firme, para que possam ser usadas o ano todo”, afirma o gerente do Idam em Autazes,  Maurício Borges .

O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Rogério Perin, esclarece que se o produtor fosse recuperar a fertilidade do solo apenas para a pastagem seria um investimento alto. Já no sistema ILPF, a colheita das lavouras, como o milho, pagaria esse investimento inicial e viabilizaria a recuperação da pastagem, de acordo com os estudos já realizados. Os estudos da Embrapa também mostram que apenas com a recuperação de pastagens degradadas, é possível aumentar a produção de grãos, de produtos florestais e de produção pecuária, sem precisar abrir novas áreas.
 No Amazonas, os experimentos de recuperação das pastagens pelo sistema de ILPF, permitem que a propriedade saia da relação de 0,5 animal por hectare/ano para 2,5 animal por hectare/ano, segundo informa o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Jasiel Nunes. “Assim se diminui a quantidade necessária de área para manter o rebanho”, afirma Jasiel. O pesquisador acrescenta que para esse ganho, o primeiro passo é melhorar a qualidade da pastagem e depois melhorar geneticamente o rebanho, com a seleção de animais e substituição de animais de menor produção por animais de maior capacidade produtiva de leite.

Para recuperação da área com pastagem degradada na unidade demonstrativa em Autazes foi feita a preparação da área com correção do solo, adubação e plantio de milho simultaneamente com a pastagem. Para o pasto foram escolhidas duas gramíneas (capim mombaça e capim xaraés) e a leguminosa forrageira estilosantes campo grande, que é indicada para melhoria do solo uma vez que atua na fixação de nitrogênio da atmosfera no solo e serve também como fonte de proteína para o gado. Foram preservadas árvores de babaçu e castanheira, que já estavam na área, e servirão para dar sombreamento e conforto aos animais.




A implantação da lavoura dentro do sistema ILPF é uma forma de amenizar os custos  do investimento na recuperação da fertilidade do solo e obter rápido retorno econômico, explica o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental,  Inocêncio Junior de Oliveira . O pesquisador cita que outra vantagem da lavoura no sistema ILPF é o controle de plantas invasoras que competiam anteriormente com o pasto e o deixavam degradado.

Inocêncio explica que nessa unidade demonstrativa se fez o plantio simultâneo de pasto e lavoura, mas há também a possibilidade de ILPF com a sucessão de culturas, em que se planta o milho ou feijão e depois o pasto, aproveitando a fertilidade. “Quanto ao solo, o principal já fez, se reduziu a acidez e eliminou a compactação, haverá melhor aproveitamento de nutrientes pela planta, depois é só dar manutenção”, acrescenta.

Após 70 dias do plantio se pode ter renda com a venda do milho verde, ou com 120 dias com a venda do grão seco. Se optar por colher verde, há maior valor na venda. Na unidade demonstrativa estima-se a produção de 50 mil espigas por hectare. Se o produtor optar por vender o  grão, a produção estimada é de 4 toneladas ( 60 a 70 sacas) de milho por hectare e ainda pode se usar resto vegetal para silagem  (alimento para o gado).

 Na programação do Dia de Campo, dia 22 de junho,  as informações serão apresentadas em três estações. Na primeira estação, o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental Gilvan Coimbra Martins, explica sobre as Características físicas e químicas dos solos e suas implicações para o manejo, e os pesquisadores Rogério Perin e Jasiel Nunes Sousa explicam sobre  e  recuperação e manejo de pastagens no sistema ILPF. Na segunda estação, os pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental Felipe Tonato Inocêncio Júnior de Oliveira explicam sobre o cultivo de milho em sistemas de integração lavoura-pecuária. Na terceira estação, o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Francisco Braga apresenta as informações sobre recuperação de área integrada à reserva florestal.

Braga informou que foi realizado o planejamento de uso das áreas já alteradas para torná-las mais produtivas, sem desmatar outras áreas, definindo os locais de pastagem, plantios de roça e capineira, e plantio de espécies florestais para criação de reserva ligando com a floresta primária. Nesse caso, em uma parte da capoeira estão sendo plantados seis hectares com castanheira, andirobeira e outras espécies florestais.  “A pecuária é tida como vilã do meio ambiente, mas com a ILPF vamos conseguir aumentar a reserva florestal e isso vai dar oportunidade para preservar também as várzeas”, explica Braga. A Unidade Demonstrativa ocupa uma área de cinco hectares da propriedade.  “Sabemos que é possível e queremos mostrar nessa unidade que com a pastagem recuperada e enriquecida com ILPF, é possível  ter um rebanho produtivo e aumentar em pelo cinco vezes o faturamento da propriedade”, afirmou o engenheiro agrônomo.

O produtor Valdir Fontenelle, selecionado para que sua propriedade recebesse a unidade demonstrativa, disse que está esperançoso. Com 59 de idade, o produtor está há 17 anos na propriedade e conta que assiste a cada ano ficar mais difícil manter o rebanho com o pasto degradado. Sua renda atual é de R$ 600 mensais e provém exclusivamente da atividade agrícola (produção de cupuaçu) e pecuária (produção de leite). De acordo com a Prefeitura, o produtor foi selecionado a partir de critérios técnicos, considerando as características do terreno, o fato de residir na propriedade, depender da atividade rural para sustento da família e possuir no máximo 50 cabeças de gado. O produtor se comprometeu formalmente a trabalhar de forma associativa, seguir as orientações técnicas, destinar parte da sua área impactada para preservação permanente, e atuar como agente multiplicador das informações que receber, através do projeto.

A Unidade Demonstrativa de ILPF em Autazes, a cerca de 160 km da capital, foi viabilizada por meio da parceria. A Embrapa Amazônia Ocidental disponibilizou pesquisadores, técnicos e maquinário; a Prefeitura de Autazes viabilizou a logística; a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Faea) patrocinou os insumos; e o produtor Valdir Fontenele disponibilizou o terreno e colaboração na mão de obra.

Este é segundo dia de campo realizado na Unidade Demonstrativa. O primeiro foi em 31 de março, durante a semeadura do milho, e contou com 118 participantes, entre técnicos, produtores, dirigentes e representantes de instituições do setor primário, como Faea, Secretaria de Produção Rural (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM), Sebrae, entre outros. Atualmente o plantio está na fase de colheita do milho.



Dentre as ações da revitalização da pecuária leiteira em Autazes também estão sendo adotadas outras tecnologias, além do ILPF. O diretor presidente da Faea, Muni Lourenço, informou que 42 propriedades em Autazes adotaram o projeto Balde Cheio, que está sendo implementado pelo Sebrae e Faea, com base em tecnologias recomendadas pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) para desenvolvimento da pecuária leiteira em propriedades familiares. “Nessas propriedades estão sendo implementadas técnicas como recuperação de pastagens, novas gramíneas no pasto propícias para a produção de leite, pastejo rotacionado e cerca elétrica, inseminação artificial e irrigação de pastagem”, afirmou.

O prefeito de Autazes Vanderlan Sampaio informou que o projeto de Revitalização da Pecuária Leiteira de Autazes foi concebido em 2011 com a participação de instituições do setor primário e produtores. “No planejamento fomos em busca de parceiros e alternativas, então a Embrapa nos apresentou o sistema ILPF”, disse o prefeito. “Queremos produzir mais e não precisamos desmatar novas áreas para isso e vamos contar com o conhecimento da Embrapa para tornar mais produtivas as áreas já alteradas e recuperar as áreas de floresta”, afirmou.  “Queremos também que essa unidade demonstrativa seja um referencial, para apresentar ao Governo do Estado e estimular a implantação em outras propriedades de Autazes”, disse o prefeito.

O diretor presidente do Idam Edmar Vizolli  disse que a adoção de tecnologias é necessária para que municípios, como Autazes e Boca do Acre, que são os maiores produtores de leite no Amazonas,  possam avançar na atividade  com maior sustentabilidade. Vizolli lembrou que foi implantada uma unidade demonstrativa em Lábrea e estão previstas unidades de ILPF também nos municípios de Apuí e Humaitá (AM).

NOVA ERA NA AGRICULTURA NO AMAZONAS POR MEIO DA TÉCNICA DE PRODUÇÃO INTEGRADA




Parte dos produtores rurais amazonenses desconhece o quanto podem perder em suas lavouras, em função de diversos problemas que influenciam diretamente a ineficiência na aplicação de técnicas na produção e cultivo.

Para evitar custos maiores, perdas de produtividade e do lucro, um novo sistema, baseado nas boas práticas agropecuárias, orientado por normas técnicas, chamado de Produção Integrada (PI), praticado há dois anos no Estado, tem evoluído gradativamente com bons resultados ao homem do campo.

Segundo especialistas e produtores rurais, a PI, além de garantir qualidade na safra e reduzir despesas em até 20%, em relação ao sistema convencional, possibilita melhor controle da propriedade e aperfeiçoa o processo produtivo dos citros (laranja, limão e tangerina).

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Amazônia Ocidental, Marcos Garcia, especialista em controle de pragas e doenças agrícolas, explica que o projeto contempla a produção agrícola com o uso apropriado e eficiente dos recursos naturais, a garantia de alimentos sem riscos à saúde e de boa qualidade nutricional, além de conservar o meio ambiente.

Garcia lembra que a PI nasceu há dez anos com as culturas da Região Sul do país, em decorrência da redução no mercado dos produtos que estavam contaminados por doenças e do uso indevido e inadequado de agrotóxicos, responsáveis pelos altos índices de intoxicação verificados entre os produtores e trabalhadores rurais.

No Amazonas o PI teve início em 2008, mas somente foi colocado em prática há dois anos, por meio da demanda de produtores da cultura de citros em busca de boas práticas de produção e com o apoio da Embrapa Amazônia Ocidental e o financiamento de R$ 600 mil, disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), e a contrapartida de R$ 200 mil da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).

A maioria dos produtores de citros está concentrada nos municípios de Rio Preto da Eva (que detém a maior área plantada do Estado), Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Careiro e Presidente Figueiredo.

O presidente da Associação dos Citricultores do Amazonas (Amazoncitrus), Ozires Silva, destaca que até o momento, apenas 15 produtores aderiram ao projeto, e desses, 90% são considerados de médio e pequeno porte. Apesar do baixo número de adesão, Ozires diz que a medida está aberta aos interessados.

O dirigente da Amazoncitros adianta que também há disponível novas iniciativas, como o projeto de Gestão Orientada para Resultados (Geor-Citricultura), por meio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM), com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Ozires explica que o Geor atua na aplicação dos recursos orçamentários, produzindo indicadores sobre o andamento dos projetos e impactos que produzem nas comunidades e o diagnóstico agronômico da cadeia produtiva de citros e de mercado.

Fonte: "www.emtempo.com.br/editorias/economia/14565.html"

sexta-feira, 22 de junho de 2012

REABERTURA DE ESCRITÓRIOS DO INCRA NO INTERIOR É REIVINDICADA DURANTE AUDIÊNCIA NA ALEAM




A reabertura dos escritórios do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no interior do Estado, foi uma das reivindicações apresentadas na Audiência Pública, realizada na manhã desta sexta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), que discutiu a situação dos servidores e o fechamento dos postos avançados no interior do Amazonas, de iniciativa dos deputado José Ricardo (PT), Luiz Castro (PPS) e Tony Medeiros (PSL).

Como explicou o deputado Tony Medeiros, o município de Parintins (a 369 quilômetros) tinha seu posto e hoje, para o produtor resolver algum problema tem que vir a Manaus. “É uma situação que incomoda bastante”, disse ele, ao afirmar que participou de uma discussão com servidores no órgão e observou essa preocupação com o quadro funcional.

Segundo o parlamentar, “tem funcionário que se aposentou e não houve substituição, gerando insatisfação. Por isso reconhecemos a dificuldade de prestar o serviço necessário e ideal ao público da reforma agrária com o atual número de servidores”, disse.

O deputado citou que de 1985 a 2011, o Incra reduziu seu quadro funcional de 9 mil para 5 mil servidores em todo o Brasil. No mesmo período, sua atuação cresceu de 61 para 2 mil municípios, passando de 9,8 milhões de hectares para 80 milhões de hectares a serem trabalhadas.

O deputado José Ricardo, por sua vez, assegurou que vai fazer os encaminhamentos ao governo federal em defesa do Incra e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) , dos servidores e de sua missão. Para ele, é importante o fortalecimento dos órgãos federais no interior do Estado. “Há necessidade da presença maior do poder público federal, com órgãos como Incra e Ibama e da valorização dos seus servidores”, argumentou.

A superintendente do Incra, Socorro Marques Feitoza, reconheceu o pouco investimento do governo federal na estrutura das atividades do órgão nos 47 municípios do Estado do Amazonas. Segundo ela foram fechados escritórios do órgão nos municípios de Benjamim Constant, Lábrea, Parintins, Borba e Tefé. A superintendente acredita que existe a possibilidade da reabertura das unidades do órgão, diante das necessidades de reforma agrária.

Responsável pela gestão das terras públicas e reordenamento fundiário no país, o Incra teve o orçamento estagnado e reduzido suas atividades com o fechamento dos escritórios nos municípios. Segundo Socorro Feitoza, há um descompasso na distribuição de recursos entre as regiões. Além do Sul do país, a superintendente citou como exemplo o Estado do Pará, que possui três superintendências e um número menor de unidades avançadas, mas recursos bem maiores. Atualmente o quadro de funcionários do Incra é de 201 funcionários. E o número de assentados passou 117 mil para quase 1 milhão.

Representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Francineide Lourenzo denunciou a regularização de terras de grandes grileiros no Sul do Amazonas, especialmente no sul de Lábrea. “Mais de 30 famílias foram expulsas por pistoleiros, de área de avanço de fronteira agrícola”.

Segundo ela, a situação com o fechamento do escritório está pior do que já era. Em relação ao Ibama, como frisou, é a mesma coisa. “Os governos dos últimos anos não têm interesse na reforma agrária, por isso relegaram os trabalhadores rurais”, disse.

Representante da Confederação Nacional dos Servidores do Incra, Regino da Silva Brito, também chamou a atenção para os assassinatos e a lista de agricultores marcados para morrer na luta pela questão fundiária. “Isso é o resultado da ausência da presença do Estado. E quando existe representação, ainda é retirada”, reclamou.

Discussão

Diretor executivo do Sindsep e representante da Confederação dos Servidores Públicos Federais, Walter Matos Moraes disse não entender o fechamento dos escritórios do Incra, em Lábrea, e a ausência do Ibama, principalmente em áreas de fronteira. Como enfatizou, os Estados da Amazônia Legal detém 65% dos assassinados do campo. Em Lábrea, segundo ele, foram registrados oito assassinatos em conflitos de terra nos últimos anos.

“É preciso que se faça um grande debate quantitativo e qualitativamente. Achamos que essa discussão tem que chegar ao Congresso Nacional. Precisamos de uma audiência com outros setores para debater a questão do Incra, do Ibama e dos outros órgãos federais. Na próxima semana vamos iniciar uma greve. Os órgãos federais estão sucateados”, afirmou.

Walter Matos defendeu a abertura de uma agenda para discutir com os servidores a situação dos órgãos federais. “Há uma carência grande de servidores. Hoje, no Estado, são 12 mil servidores, para tomar conta de 2 milhões de hectares de terra”, assegurou, também sugerindo uma audiência com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Careiro-Iranduba, Lúcia Nicácio disse que hoje 80% dos agricultores não têm documento de suas terras. Para ela, ao invés do Terra Legal, o governo tinha que fortalecer o Incra para agilizar esse processo de inclusão agrária.

Também integraram o grupo de discussão, o Superintendente Federal de Agricultura no Amazonas (Mapa) , João Ferdinando Barreto; o secretário geral do Sindicato dos Servidores Públicos, Fernando Sodré; o diretor de assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (Idam), Malvino Salvador; o gerente de engenharia e representante da Secretaria de Produção Rural (Sepror), Carlos Alberto Almeida da Conceição, entre outros.

Presidente da FAEA palestra sobre 'Utilização das várzeas para a economia sustentável' na RIO +20






O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, vai apresentar o tema, 'Utilização das várzeas para a economia sustentável', nesta quinta-feira (21), no Parque dos Atletas, auditório CNO II, às 18 h. A palestra será durante o evento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 
O solo na área de várzea (locais sujeitos a inundações anuamente) apresenta boa fertilidade natural, podendo ser cultivados na época das vazantes. 
Lourenço explica que, no Amazonas milhares de produtores utilizam essas áreas para trabalhar. "a exploração para agricultura e pecuária nestas áreas vem sendo praticada na Amazônia há muito anos. Podemos encontrar uma quantidade expressiva de culturas de fibras vegetais como a juta e malva, fruticultura, olericultura, criação de animais, entre outras", frisou que a produção nesses locais não agride o meio ambiente. 
Durante a palestra, o presidente, Muni Lourenço, vai explicar também sobre alguns entraves para a expansão do setor, como, Insegurança jurídica e a regularização fundiária. 

Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CURSO DE PRODUÇÃO DE AÇAI É REALIZADO EM CAAPIRANGA




Desde segunda-feira (18) até quarta-feira (20) acontece, no município de Caapiranga, o “Curso de Sistemas de Produção de Açaí”, oferecido pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM) em parceria com a Universidade Federal do Estado do Amazonas (UFAM).

O curso está sendo destinado a 30 agricultores familiares do município, que exercem atividade da cultura do açaí, sem conhecimento técnico de plantio e produção do vinho do fruto, sendo que esse é produzido no quintal dos próprios agricultores.

Os profissionais que estão qualificando os agricultores familiares são os engenheiros Victor Lamarão, de alimentos e ,Nailson Mina, agrônomo, ambos da UFAM.

Dividido em aulas teóricas e práticas o curso traz temas como plantio, tratos culturais, adubação e beneficiamento da produção de vinho, todos relacionados à cultura do açaí.
Objetivo do curso é qualificar os agricultores familiares para obtenção de conhecimentos técnicos de plantio e produção de vinho do açaí, visando produtos que ofereçam qualidade a população local e consumidores de outras localidades.

“Espero que a capacitação venha proporcionar, maior compreensão dos agricultores, para que os mesmos façam o vinho do açaí de forma higiênica, já no plantio espera-se que depois do curso eles iniciem de maneira correta o espaçamento da área da plantação e adubação do solo’’, disse o gerente da Unidade Local do IDAM, que também relatou que os agricultores venham a ter depois da capacitação, uma visão de associação, pois unidos criariam uma mini agroindústria que geraria postos de trabalhos e renda a população do município.

O plantio de 280 hectares, dividido entre açaí nativo e cultivado produz aproximadamente 20 mil litros do vinho de açaí, por semana, segundo dados do diagnostico realizado pela Unidade Local do IDAM no município e Secretaria Municipal de Produção no porto da cidade. Os 200 agricultores que exercem atividade da cultura do açaí, em Caapiranga, são os responsáveis por tamanho potencial de comercialização do vinho.

Por Alexsandro Machado


SFA/AM E FAEA VISITAM O CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO TRÓPICO ÚMIDO



Nos dias 14 e 15 de junho, representantes da Superintendência Federal de Agricultura SFA/AM e da Federação de Agricultura e Pecuária no Amazonas - FAEA se reuniram com o diretor do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (Cpatu), Cláudio J. R. Carvalho, na sede da Instituição em Belém. O Cpatu é considerado um dos mais importantes centros de pesquisa agroecológica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.


A visita foi feita pelo Superintendente Substituto da SFA/AM, Guilherme Pessoa, chefe de Serviço de Saúde, Inspeção e Fiscalização Animal da SFA/AM, Daniel Bez e pelo presidente da FAEA, Muni Lourenço.

Os visitantes puderam conhecer os principais programas de pesquisas da Embrapa – Amazônia Oriental . Durante a visita, Muni Lourenço falou sobre a realização de parcerias com a Instituição, o que iria otimizar as atividades já desenvolvidas com a Embrapa, beneficiando ainda mais quem trabalha na atividade rural. Guilherme Pessoa também colocou a Superintendência Federal de Agricultura à disposição para parcerias que contribuam com os avanços de pesquisas agropecuárias.


Por Mayara Cristina Santos de Lima

terça-feira, 19 de junho de 2012

AGRICULTORES E PECUARISTAS DO AM PODERÃO RENEGOCIAR DÍVIDAS RURAIS




O Banco da Amazônia (BASA), flexibilizou as exigências para renegociação das dívidas rurais. A medida teve inicio pelo município de Parintins, onde existe um alto índice de produtores e pecuaristas inadimplentes; Muitos que já estavam sendo executado judicialmente, pelo não pagamento, agora terão a oportunidade de pagar em até 18 anos.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), através de suas ações, conseguiu com que o BASA realize a análise da dívida rural com o valor inicial abaixo dos 20% que, até então, era o porcentual mínimo exigido pelo banco.

“É de extrema importância a renegociação, pois possibilita que os produtores renegociem e regularizem sua situação junto ao Basa; Se tornando adimplentes eles vão poder acessar novos créditos, como por exemplo, as linhas emergenciais como Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO)”, afirmou o presidente da FAEA, Muni Lourenço.
O BASA atendeu ao pedido da FAEA, para a situação em que os produtores e pecuaristas, que tiveram ou estão tendo prejuízos por conta da enchente. Os produtores rurais que se enquadram nesta característica, podem apresentar a proposta de negociação na Agência do banco em Parintins.

A outra flexibilização obtida pela FAEA junto ao Banco da Amazônia diz respeito à exigência de licença ambiental para os produtores rurais, não agricultores familiares, para acesso aos créditos emergenciais até R$ 100.000,00. Agora em vez da licença ambiental, documento que muitos produtores rurais ainda não dispõem, bastará ser apresentado o comprovante de adesão ao Cadastro Ambiental Rural – CAR, que pode ser emitido nos escritórios do IDAM ou nos sindicatos rurais filiados a FAEA.

“Essa flexibilização vai facilitar em muito o acesso dos produtores aos recursos emergenciais e a FAEA poderá contribuir diretamente com os produtores através da emissão do CARA nos sindicatos rurais”

As propriedades serão visitadas por técnicos do Banco em Parintins. O acompanhamento de execução para renegociação será fiscalizado pela FAEA e a Superintendência do BASA.

Cálculo

A FAEA, com o apoio do Sindicato Rural do município de Parintins, realizaram no dia 26 de maio, um evento para esclarecer dúvidas a respeito do endividamento rural dos produtores e pecuaristas da região. Cerca de 200 produtores que compareceram no Auditório Dom Arcanjo Cerqua, participaram da palestra do Dr. Edvaldo Brito, perito judicial e técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sobre endividamento, e tiveram a oportunidade de serem atendidos individualmente.

“O técnico da CNA prestou orientações, realizou atendimento individual para refazer o recalculo das dívidas, reconhecendo a existência de valores ilegais e abusivos dos cálculos dos bancos”, afirmou Lourenço.

Com o novo cálculo em mãos os produtores rurais de Parintins, Boa Vista dos Ramos, Barreirinha e Nhamundá, já podem renegociar as dívidas com os bancos, evitando que tenha o patrimônio penhorado ou a acarrete na saída da atividade rural

segunda-feira, 18 de junho de 2012

AÇÃO DE CRÉDITO, DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES E CAPACITAÇÕES EM BERURI



A Unidade Local do Idam em Beruri (a 173 km de Manaus) realizou de 02 a 12 de junho, diversas ações de cadastro de "crédito emergencial", distribuição de sementes e cursos de capacitação aos agricultores familiares dos municípios atingidos pela enchente.

Durante o período de atividade 390 agricultores familiares foram cadastrados, no intuito de receberem o crédito emergencial. Sementes de milho, melancia, maracujá, juta e hortaliças também foram distribuídas aos agricultores de diversas comunidades de Beruri.


As capacitações oferecidas foram nas áreas de “Gestão de Empreendimentos”, ministrada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae), que abordou as rotinas administrativas da Usina de Beneficiamento da Castanha do Brasil, instalada no próprio município. Já o curso de “Boas Práticas de Produção de Hortaliças Caseiras”, ministrada pela técnica em agropecuária do IDAM Maria Lindomar, abordou temas diversificados como o critério para instalação de uma horta doméstica, função das ferramentas na eficiência e rendimentos dos trabalhos em uma horta, preparo do terreno, tipos de hortaliças e como fazer uma sementeira.


Todos os agricultores familiares que participaram das capacitações, receberam certificação do IDAM no final do curso.
"Os cursos e as ações visam preparar e orientar os produtores na condução adequada de seus plantios e empreendimentos, assim que as águas baixarem, muitos produtores tiveram perca de toda produção e com a liberação dos recursos do Credito Emergencial, espera-se que ocorra uma influência positiva na economia do município”, relatou o gerente da Unidade Local do Idam, Jaime Gatenha.


Ações como esta são organizadas pela equipe de colaboradores da Unidade local do IDAM em Beruri, visando beneficiar o agricultor familiar que sofreu perdas causadas pela subida das águas.


Texto: Alexsandro Machado

sexta-feira, 15 de junho de 2012

AGRICULTORES DE MANAQUIRI RECEBEM 100 MIL ALEVINOS


Alevinos (filhotes) de tambaqui.


Cem mil pós-larvas de tambaqui foram distribuídas para 29 agricultores familiares do município de Manaquiri (a 60 km de Manaus), no último dia 14, através do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (SEPA) e Prefeitura Municipal de Manaquiri.

A entrega faz parte do segundo lote de alevinos de tambaqui, criados no próprio município, dando continuidade ao Projeto Estação de Alevinagem que visa produzir alevinos (filhotes) de tambaqui e outras espécies de peixes, para suprir a demanda do Projeto Piscicultura Familiar. O primeiro lote de alevinos foi entregue, no último dia 20 de março, para trinta piscicultores do município.

A Unidade Local do IDAM em Manaquiri prestou toda assistência técnica desde a construção do primeiro tanque de alevinagem, até distribuição dos alevinos aos agricultores familiares da região.
O responsável em prestar Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para os agricultores familiares é o técnico de pesca e aquicultura do IDAM, Ricardo Sobreira, que realiza toda assistência no manejo adequado na produção do pescado. 

Projeto Piscicultura Familiar é o resultado da parceria entre IDAM ,Sepror e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e suas vinculadas Prefeituras Municipais, associações de produtores e a iniciativa privada, com o objetivo de melhorar a disponibilidade em quantidade e qualidade de alevinos para piscicultura familiar, através do aumento da produtividade, diminuição de perdas, sazonalidade e melhoria da eficiência do sistema de produção numa visão de desenvolvimento com sustentabilidade.

Fonte: http://www.idam.am.gov.br/noticiaInterna.php?codigo=1282 15/06/2012 - Alexsandro Machado

quinta-feira, 14 de junho de 2012

EMBRAPA REALIZA MOSTRA DE RESULTADOS DO PROJETO MANAROSA EM NOVO AIRÃO

Pesquisadores mostrando os resultados em campo




A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa realizou a Mostra dos Resultados do Projeto Manarosa na manhã do dia 13 de junho na comunidade de Manairão, Rodovia 352 - Km 38 da estrada do município de Novo Airão. Participaram da Mostra os representantes da Superintendência Federal de Agricultura no Amazonas – SFA/AM, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas – IDAM, Secretaria de Produção Rural – SEPROR, Prefeitura de Manacapuru, Associação de Desenvolvimento Comunitário de Produtores da Comunidade de Manairão - ADCPRCM e produtores da comunidade.

Durante o Projeto, pesquisadores da Embrapa orientaram os produtores de banana e mandioca a preparar a terra já que na região de Novo Airão o solo é arenoso. Este tipo de solo dificulta o cultivo de determinadas culturas porque não retém a quantidade de água como, por exemplo, o solo barroso. Então, foi necessário encontrar estratégias para conservar a qualidade física desse solo. Essas técnicas encontradas pelos pesquisadores foram ensinadas aos produtores para que o cultivo dessas culturas permitissem melhor qualidade dos produtos e maior produtividade.

O objetivo do Manarosa não é apenas auxiliar os produtores que se dispuseram a fazer aplicar as técnicas nas suas propriedades, mas também ensiná-los a administrar tudo o que foi investido, para que, de fato, os agricultores saibam os valores do retorno desse trabalho. Além disso, divulgar o sucesso que o produtor pode adquirir se seguir corretamente as formas de manejo orientadas pelos pesquisadores.

No caso do cultivo de banana, cada pesquisador acompanhou os produtores desde os investimentos no preparo do solo até a primeira colheita orientando no descacho, higienização adequada do produto e encaixotamento correto levá-lo à comercialização. A pesquisadora Mirza Pereira afirma que “todo projeto tem um inicio e um término, então daqui para frente é responsabilidade de cada um dos produtores aplicarem as técnicas no cultivo para obter resultados positivos”.

A programação da Mostra começou com a apresentação dos resultados técnicos do projeto. No primeiro momento, a pesquisadora Rosângela Reis falou sobre Diagnóstico e Capacitação, a pesquisadora Mirza Pereira relatou as Tecnologias Socializadas e a pesquisadora Elizângela França mostrou uma Avaliação Econômico-financeira. No segundo momento, foi a visita de campo à área da banana e mandioca. Por fim, no terceiro momento foi exibido um vídeo no qual os agricultores falaram sobre a importância do Projeto para a Comunidade. Logo depois houve o encerramento com almoço para todos que prestigiaram a Mostra de Resultados do Projeto Manarosa.


 Produtores de Manairão que participaram do Projeto Manarosa


Campo de plantação de mandioca na propriedade do sr. José Tomás

Texto e fotos: Mayara Cristina Santos de Lima

AGRICULTORES AFETADOS PELA ENCHENTE RECEBEM BENEFÍCIO DO GOVERNO DO ESTADO






O governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – IDAM estará fazendo, a partir da tarde de hoje, 13, distribuição do Cartão Amazonas Solidário aos agricultores familiares do município de Jutaí (a 751 quilômetros de Manaus) atingidos pela enchente deste ano. Trata-se de uma ação emergencial criada para ajudar, principalmente os moradores da zona rural, que, a exemplo dos demais, estão sentindo, no bolso, os prejuízos.
Na lista dos contemplados com o auxílio de R$ 400,00, está o agricultor Adaildo Oliveira Barbosa, da comunidade Marauá, que teve perda total das produções de milho, feijão e hortifrutigranjeiros.
A entrega será feita pela gerência da Unidade Local do IDAM e contará com o apoio da Prefeitura, uma forte parceira do Estado nessa ação. 
O cadastro desses agricultores foi feito há três meses pelo Comitê Integrado de Monitoramento coordenado pelo Governo Estadual. O grupo é formado por representantes da Secretaria Nacional de Defesa Civil, dos ministérios das Minas e Energia, da Saúde, Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Defesa, além de representantes da Defesa Civil do Estado e do Município e outros órgãos indicados pelo governador Omar Aziz, a exemplo das secretarias Estadual e Municipal de Saúde e Associação Amazonense de Municípios (AAM).
Até amanhã, 14, 439 cheques serão entregues para os agricultores da área de várzea.


Crédito Emergencial
Atualmente, equipes da Unidade Local do IDAM estão fazendo levantamento dos agricultores atingidos pela enchente, para aplicação do crédito emergencial.
A linha de crédito vai atender além de produtores rurais, comerciantes, prestadores de serviços, e setores da indústria com empréstimos que variam de R$ 12 mil a R$ 100 mil e juros de 1% a 3,5% ao ano. O prazo máximo de pagamento varia de 8 a 10 anos com carência de até três anos. Os recursos são do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e estarão à disposição no Banco da Amazônia.

Núbia Pereira

quarta-feira, 13 de junho de 2012

1ª EXPOBOCA MOVIMENTA A ECONOMIA DE BOCA DO ACRE


Referência em padrão genético e detentor do maior rebanho do Estado do Amazonas, com 362 mil cabeças de gado, com o status de área livre de febre aftosa, o município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus), inaugurou nesta sexta-feira (8), o Parque de Exposição Agropecuária. Durante os dias 8, 9 e 10, o 1ª EXPOBOCA movimentou a economia local.

A festa foi marcada por rodeios, cavalgada, shows musicais, exposição da agricultura familiar, extrativistas, artesanato, pequenos negócios, exposição de maquinas agrícolas e leilão de animais. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Ildo Gardingo, a expectativa é receber nos três dias de evento vinte mil pessoas. “Durante a exposição Banco Basa têm a estimativa de financiar R$ 3 milhões e a Agência Fomento do Estado do Amazonas – AFEAM, R$ 500 mil reais em linhas de créditos para o produtor rural”, disse ainda que o 1ª EXPOBOCA é o resultado da expressividade da atividade rural desenvolvida no município.

No primeiro dia da feira o produtor rural, Francisco Geraldino de Souza, 67 anos, que planta, limão, banana, açaí e outras culturas, realizou um grande sonho, “Pude financiar meu primeiro caminhão, graças a feira que me proporcionou a oportunidade de fazer negócios com juros baixos. Financiei e vou pagar em 10 anos”, afirmou o trabalhador que está comercializando as frutas no feirão montado dentro do Parque.

Segundo o gerente do Banco da Amazônia no município, Salomão Alencar, até a segunda noite já foi movimentado mais de um milhão de reais, “Foram quinhentos mil em tratores e implementos agrícolas. Os resultados da feira vai além dos três dias, com a EXPOBOCA nós ampliamos nossa rede de contados”.

Durante a inauguração o presidente do Sistema FAEA-SENAR-AM, Muni Lourenço, afirmou que os pecuaristas da região investem fortemente na melhoria do padrão genético dos animais, e que a 1ª EXPOBOCA é o resultado do trabalho e esforço da classe. "A inauguração do Parque é de fundamental importância para o setor rural da região, um momento no qual todos terão a oportunidade de realizar cursos, fazer negócios, trocar informações como também o entretenimento”, agradecendo ainda aos parceiros que estiveram presentes.

O secretário da Produção Rural, Eron Bezerra, elogiou os pecuaristas que fazem do rebanho de Boca do Acre referência em qualidade genética, dizendo ainda que, o parque é um dos mais modernos do Estado. “A EXPOBOCA vai trazer abertura de novos mercados”.

Com uma área total de 90 mil metros quadrados, e uma área construída de aproximadamente 34 mil metros quadrados, estão expostos, 140 bovinos e 300 ovinos. Para a construção foram investidos R$ 2,4 milhões; O superintendente da (SUFRAMA), Thomaz Nogueira, participou da inauguração, a obra recebeu recursos da autarquia.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), o Sindicato Rural do município e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-AM), está participando da feira com um stand, no qual os participantes estão tendo a oportunidade de conhecer os programas, ações e cursos oferecidos pelo Sistema.

Rodeio

Quarenta peões do Estado do Amazonas e Acre, participaram do rodeio, a arquibancada lotada agitava a cada montaria. O empresário responsável pela Companhia, Dennys Ferreira, 37, disse que, “A estrutura montada pela companhia de rodeio aqui em Boca do Acre, está dentro dos padrões que acontecem em todo Brasil, no domingo vai ser premiado os cinco melhores”, avaliou.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE É MARCADO PELA ASSINATURA DO TERMO DE COOPERAÇÃO ENTRE FAEA E IPAAM


Nesta terça-feira (05) de junho, foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em um evento alusivo a data, foi realizado uma programação especial no Tribunal de Contas do Estado (TCE), onde o governador Omar Aziz, Instituições e prefeitos municipais do Amazonas, assinaram Atos Administrativos e Termos de Cooperação.
A Federação de Agricultura do Estado do Amazonas (FAEA), e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), assinaram um Termo de Cooperação Técnica, com o objetivo de promoverem ações conjuntas do Programa de Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais do Estado do Amazonas, viabilizando o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
De acordo com presidente da FAEA, Muni Lourenço, os 14 Sindicatos Rurais do Estado estão aptos a fazerem o CAR, assim como a Federação em Manaus. “Com o objetivo de estimular o produtor rural a obter o CAR, os Sindicatos e a FAEA, estará atendendo e orientandoo produtor rural. O cadastro permite entre os benefícios a regularização ambiental da propriedade”, afirmou.
Lourenço, explicou ainda que, “Com a adesão ao CAR, o produtor rural passa a ter um prazo maior para recompor o passivo ambiental, tem acesso ao licenciamento ambiental, ao crédito rural e à assistência técnica”.
Durante o evento o governador do Estado do Amazonas, Omar Aziz, discursou que é preciso dar prioridade às pessoas, “Tem que dar a ele o direito a uma boa saúde, educação e uma renda para melhorar sua qualidade de vida”, frisando que, não se pode falar em desenvolvimento sustentável sem levar em consideração a necessidade de regularização fundiária.

Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos

Definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, a secretaria de Meio Ambiente, Nádia Cristina d’Avila, falou sobre a política energética. O Conselho de Energia do Estado do Amazonas (Ceam) integrará a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e terá como finalidade a participação do Governo na formulação e implantação da política energética do Amazonas, bem como o acompanhamento das atividades decorrentes de sua execução.
Com o auditório lotado, foram entregues às Associações das Unidades Estaduais de Conservação de Uso Sustentável, Certidões de Direito Real de Uso.
Assinado Termo de Cooperação Institucional com os municípios de Itacoatiara, Tabatinga, Parintins e Presidente Figueiredo, visando o compartilhamento das Ações de Licenciamento Ambiental. Além do pagamento do subsídio da borracha.

Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

CURSO DE MANEJO DA CASTANHA DO BRASIL TEM ENFOQUE NA SUSTENTABILIDADE



O Governo do Estado, por intermédio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), tem realizado diversas ações de capacitação no interior com o intuito de gerar mais oportunidades de trabalho e renda para a população dos municípios, seguindo orientação do governador Omar Aziz. 
Entre as capacitações de Boas Práticas de Manejo, o Idam está oferecendo aos agricultores familiares e extrativistas dos municípios amazonenses Boas Práticas de Extração de Essências, Sangria de Borracha, Boas Práticas de Beneficiamento do Açaí, Boas Práticas de Manejo do Cacau, Treinamento Inventário Não Madeireiro, Artesanato de Açaí e Extração do Látex para Seringueira.
A ação mais recente aconteceu no fim do mês de maio em Fonte Boa (a 678 km de Manaus), quando o Idam capacitou 25 castanheiros que participaram do curso Boas Práticas de Manejo da Castanha do Brasil.
“Realizei um sonho de poder trabalhar de forma técnica, depois do curso de Manejo da Castanha do Brasil”, destacou o castanheiro Liberato Gomes, de 68 anos, que também é presidente da comunidade Barreirinha de Baixo e Rio Auaiti, no município de Fonte.
O curso foi ministrado pelo engenheiro florestal do Idam, Luiz Rocha Maciel, que destacou o intercâmbio de conhecimento durante o período de realização do curso. “Ao mesmo tempo em que compartilho conhecimento com os extrativistas e agricultores, também consigo aprender, pois são eles que exercem atividades de manejo no dia a dia. Então é uma troca de experiência”.
No que diz respeito às técnicas necessárias de manejo, o engenheiro ressaltou que os participantes ainda não dominavam as técnicas. “No entanto, é papel do Idam oferecer a esses extrativistas e agricultores, capacitações que possibilitem os mesmos a implementarem no mercado um produto de qualidade”.
Durante a capacitação os castanheiros aprenderam técnicas que envolvem o mapeamento da área do castanhal, limpeza da área, coleta dos ouriços, quebra dos ouriços, pré-seleção, seleção, classificação, lavagem, transporte, armazenamento e manuseio dentro do paiol.


Sustentabilidade – O trabalho desenvolvido pelo Idam é focado na sustentabilidade, pois capacita os extrativistas e agricultores a trabalharem de forma racional, ou seja, usufruindo da natureza, mas deixando sempre o necessário para os animais e sua regeneração natural.
O objetivo é conscientizá-los sobre a importância de deixar a floresta em pé, através dos inventários não madeireiros, identificando assim o potencial de cada região, bem como a identificação de castanheiras remanescentes, uma vez que, são castanheiras finas que irão produzir os frutos do futuro, garantindo a perpetuação da espécie para as futuras gerações.



Fonte: Agecom/Idam

terça-feira, 5 de junho de 2012

CÓDIGO FLORESTAL: EMENDAS GARANTEM PRODUÇÃO PARA RIBEIRINHOS


Caso sejam utilizadas para produção de alimentos em base familiar, as várzeas não serão consideradas Áreas de Preservação Permanente. Isso é o que prevê uma das seis emendas apresentadas pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) à Medida Provisória 571/2012, enviada ao Congresso Nacional com o objetivo de suprir as lacunas provocadas pelos vetos da presidente Dilma Roussef ao Código Florestal.
A intenção, segundo a senadora, é garantir meios legais de exploração de atividade econômica sustentável e da agricultura familiar para as pessoas que moram no interior do Amazonas. “Principalmente ribeirinhos e indígenas que praticam a agricultura de subsistência”, explica.
Vanessa lembra que as áreas de várzeas têm índices de fertilidade de culturas agrícolas muito superiores às áreas de terra firme. “São a base do sustento de diversas famílias no interior da Amazônia, além de serem consideradas áreas de extrema importância para a biodiversidade local”, ressalta.
Nessa linha de garantia da manutenção da atividade econômica de forma sustentável desenvolvida pelos ribeirinhos, segue também a emenda que autoriza a continuidade de atividades agropastoris, de ecoturismo e sustentáveis praticadas pelas populações tradicionais em áreas de várzea ou planície de inundação da floresta amazônica ou igapó.
E por falar em igapó, uma outra emenda da senadora inclui a conceituação dessa área no artigo 3º., que define vários termos florestais. Segundo o texto igapó são “áreas marginais aos leitos dos rios sujeitas a enchentes e inundações permanentes, tendo como característica a presença de vegetação perenifólia (que mantêm, permanentemente, folhas verdes) e adaptada ao meio aquático”.
Outra emenda da senadora faz ao artigo 3º. modifica o conceito de “leito regular”, levando em conta o regime de cheias e vazantes dos rios amazônicos, não contemplado no conceito atual da MP.
Recuperação - Há emenda também obrigando as empresas concessionárias de serviços de abastecimento de água, de geração de energia hidrelétrica, assim como as que atuem nos ramos de mineração, públicas e privadas, a investirem na recuperação e manutenção de vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanente, existentes na bacia hidrográfica em que ocorrer a exploração.
A senadora justifica que essa emenda visa assegurar a preservação ambiental de forma mais efetiva. “A exploração de petróleo e gás natural são atividades que ocasionam danos ambientais advindos das estruturas necessárias para sua extração, por isso a necessidade de garantir a contrapartida em investimento”, ressalta. O investimento deve ser de 1% do valor total da receita operacional apurada no exercício anterior ao investimento.
As emendas de Vanessa, como todas as outras apresentadas à MP da lei florestal, serão enviadas à Comissão Mista instalada nesta terça-feira (5/6) encarregada de analisar a MP.