Representantes do setor rural do Amazonas participaram nesta quarta-feira (10), na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária, da primeira reunião do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (plano ABC) do Governo Federal.
Neste primeiro momento, as instituições como Sepror, Idam, Codesav, ADS, SDS, Inpa, Idesam, Crea, Banco do Brasil, Suframa e Sempab, entre outras, conheceram o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às mudanças climáticas para consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na Agricultura. “A mudança do Clima é urgente e requer um esforço global, principalmente porque a agricultura contribui muito para o aumento do efeito estufa”, reiterou a representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Marzall.
O Plano ABC faz parte das ações da Política Nacional sobre Mudanças do Clima, que tem entre suas metas reduzir em 80% o desmatamento no país e adotar na agricultura a recuperação de pastagem. Após a 15ª Conferência das Partes (COP 15), realizada em 2009 em Copenhague (Dinamarca), o Governo brasileiro indicou um compromisso nacional voluntário com potencial de redução de carbono (GEE) entre 36,1% a 38,9% em relação às emissões brasileiras projetadas até 2020.
Para tanto, o Governo está implantando diferentes ações, como a redução do desmatamento da Amazônia e do Cerrado; a ampliação da eficiência energética e a adoção, em larga escala, de práticas sustentáveis na agricultura. Os compromissos no setor se referem à expansão da adoção ou do uso de tecnologias para mitigar emissões de GEE, em contrapartida, promover a retenção ou remoção de CO2 na biomassa e no solo.
A secretária executiva da Sepror – Secretaria de Produção Rural do Amazonas, Tanara Lauschner, disse que toda a estrutura do Governo do Estado está à disposição do plano ABC. “Nós, enquanto setor produtivo, estamos investindo pesado nisso. A classe está entusiasmada em receber mais este investimento”, completou Tanara.
Plano ABC
O Plano ABC foi instituído por intermédio do Decreto 7390, de 9 de dezembro de 2010, e está estruturado em seis processos tecnológicos: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária_Floresta; Sistema Plantio Direto; Fixação Biológica de Nitrogênio; Florestas Plantadas e Tratamento de Dejetos de Animais. As ações serão reforçadas com divulgação, capacitação de técnicos e produtores, transferência de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, regularização fundiária e ambiental, linhas de crédito para fomento à produção sustentável, produção e distribuição de mudas florestais, disponibilidade de insumos para agricultores familiares e contratação de assistência técnica, entre outras.
O Plano ABC será composto por vários planos estaduais. Cada Estado escolherá um Grupo Gestor Estadual que receberá treinamento através de seminários e oficinas para elaborar as propostas estaduais.
Entre as ações já adotadas pelo Governo Federal, destaca-se a criação pelo Mapa, de uma linha de crédito para financiar os agricultores que adotem sistemas produtivos e eficientes capazes de contribuir para a mitigação do carbono.
O Plano ABC atualmente já está sendo executado em 20 Estados brasileiros. A coordenação da execução do Plano está a cargo dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Aqui no Amazonas, uma segunda reunião foi marcada para a quarta-feira que vem (17) quando deverão ser escolhidos os integrantes do Grupo Gestor Estadual.
FOTOS: RICARDO SILVA